Por que atletas devem se preocupar com a saúde intestinal?

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Você provavelmente já ouviu falar da importância da microbiota intestinal (chamada antigamente de flora intestinal) para o bom funcionamento do intestino — ou seja, para ir ao banheiro regularmente e evitar desconfortos. Mas os milhares de microrganismos que vivem em nosso organismo também podem influenciar a performance dos atletas.

Segundo estudo publicado em 2020 no Jornal da Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva[1], a microbiota intestinal, com sua capacidade de influenciar a saúde gastrointestinal, pode colaborar para o bem-estar e desempenho esportivo.

O que é a microbiota intestinal?

O nosso trato gastrointestinal é lar para aproximadamente 100 trilhões de micro-organismos que, em sua maioria, residem no cólon[2]. Muitos deles são chamados de "bactérias do bem", porque não são capazes de causarem doenças e ainda ajudam em algumas funções, como produção de vitaminas e digestão de fibras.

As bactérias do bem que vivem em nosso trato gastrointestinal são nossas companheiras por toda a vida, importantes para alguns processos fisiológicos que ocorrem em nosso corpo.

Quando a microbiota intestinal está desequilibrada, o intestino pode ficar desregulado, promovendo sintomas como prisão de ventre ou diarreia, que podem prejudicar a absorção de nutrientes — alerta vermelho para atletas! Afinal, dieta balanceada e prática regular de exercícios são indissociáveis na busca por um bom desempenho.

Por que a saúde intestinal é importante para a nutrição esportiva?

As pesquisas sobre o papel da saúde intestinal para a nutrição esportiva indicam que alterações na microbiota podem alterar a composição corporal e a performance dos atletas[2].

Um estudo de 2016[3], por exemplo, constatou que a aptidão física está associada a uma maior diversidade microbiana. A pesquisa contou com 39 adultos saudáveis para aplicar um sequenciamento de genes e descobrir que a aptidão cardiorrespiratória estava associada a uma microbiota intestinal diversa e saudável.

Os pesquisadores também concluíram que a diversidade da microbiota foi um fator mais importante do que sexo, idade e índice de massa corporal (IMC).

No intestino também acontecem processos importantes como a digestão, a absorção de nutrientes e a excreção de resíduos. Por isso, uma microbiota intestinal saudável ajuda a garantir o bom funcionamento do corpo como um todo.

Por fim, estudos com animais revelaram que existe uma comunicação entre a microbiota intestinal e os músculos. A microbiota pode afetar a homeostase da energia muscular, interferindo na deposição de gorduras e no metabolismo de lipídios e glicose[1].

Bom, e o que tudo isso significa para atletas? Em poucas palavras, a saúde intestinal parece interferir no metabolismo e na fonte de energia utilizada pelos músculos.

Os exercícios físicos mudam nossa microbiota?

Exercício físico pode, sim, alterar a microbiota, além de atuar no bom funcionamento do intestino. Uma pesquisa[4] mostrou que a prática regular de atividades físicas aumenta a taxa de produção de butirato, uma substância que pode estimular a proliferação de células epiteliais do cólon, promovendo a integridade da barreira intestinal.

Outro estudo[5] descobriu que a microbiota intestinal de jogadores profissionais de rúgbi tinha maior diversidade e maior abundância em cerca de 40 bactérias diferentes em relação a pessoas sedentárias. Já uma pesquisa6 realizada com mulheres que praticam esportes e mulheres sedentárias também concluiu que as atletas tinham uma microbiota intestinal mais saudável.

Por fim, atletas, profissionais ou amadores, costumam cuidar mais da alimentação, fator fundamental para o equilíbrio da microbiota intestinal.

Se você nunca prestou atenção ao seu intestino, vale a pena entender se está tudo em ordem. Mas não esqueça de procurar um médico e/ou nutricionista para orientações individualizadas sobre alimentação e microbiota intestinal.

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